As Empresas Familiares são aquelas em que uma Família detém o controlo, em termos de nomeação da gestão, e alguns dos seus membros participam e trabalham na empresa. Pelo seu número e transversalidade setorial, estas empresas constituem um pilar essencial da economia portuguesa.
Estima-se, assim que, 80% do tecido empresarial nacional sejam Empresas Familiares.
Com a evolução dos tempos, é importante informar e consciencializar os empresários para os problemas que, no futuro, poderão surgir em matéria de sucessão, liderança e gestão. Desta forma, surgem como elementos fundamentais a tomada de medidas destinadas à consolidação e sobrevivência da Empresas Familiares.
É neste sentido que surge a importância do projeto O Futuro é Hoje, que pretende dar a conhecer e capacitar estas empresas para a importância da Indústria 4.0 (i4.0) e a sua aplicação, no sentido de se manterem competitivas, em um mercado cada vez mais tecnológico.
A i4.0 é, então, um conceito associado à quarta revolução industrial, que assenta na adoção de tecnologia, com o objetivo de aumentar a produtividade e lucro.
Computação em nuvem (cloud computing)
Permite o trabalho em rede, ou seja, os utilizadores podem aceder a ficheiros a partir de qualquer dispositivo que possa aceder à Internet. Para além do armazenamento de informação, permite análise de dados, o acesso e a distribuição de conteúdos. São exemplos de Computação em nuvem o Google Drive ou o Dropbox.
Integração de sistemas
É a ideia de conectar, de forma automatizada, os processos, o que inclui tanto processos internos, por exemplo da própria cadeia produtiva, quanto externos, como a logística e a distribuição. A integração, deve garantir que os sistemas das empresas conversam entre si, desde chão de fábrica até o executivo. Assim, pretende-se melhorar a comunicação, colaboração entre profissionais e um alinhamento mais amplo de estratégias.
Cibersegurança
São procedimentos e práticas que procuram garantir a segurança de dados e informações digitais contra a prática ilícita de pessoas mal-intencionadas contra computadores, redes, programas e dados de uma empresa.
Internet das coisas (IoT)
Relaciona-se a com integração de tecnologias na indústria. Isto é, as Coisas (equipamentos) estão conectados à Internet e as informações geradas pelos mesmos passam a ser armazenadas e analisadas de forma precisa, automatizada, o que permite maior eficiência e novas funcionalidades, na indústria.
Big Data
É um termo voltado para tratamento de grandes volumes de informações. Na Indústria 4.0, está ligado, principalmente à Internet das Coisas, uma vez que, diversos sensores agregam informações em tempo real de todo o processo produtivo, desde o fornecedor da matéria-prima até à entrega ao consumidor. Big Data é aplicado a soluções que trabalham com grande volume de dados e informações variadas que possibilitam a obtenção de insights para tomada de decisões estratégicas.
Manufatura Aditiva
Manufatura aditiva ou Impressão 3D, é a produção de peças a partir de um modelo digital, que ganha forma e se transforma num objeto tridimensional, em que a matéria-prima é adicionada camada por camada. Assim, previne-se a existência de eventuais desperdícios e consegue-se aproveitar ao máximo o material.
Realidade Aumentada (RA)
Relaciona-se com a projeção de cenários virtuais sobre o mundo físico, permitindo uma integração em tempo real com informações e dados obtidos através de sistemas industriais, GPS, câmaras de vídeo e internet. A RA pode facilitar, a aprendizagem, a tomada de decisões e substituir substituir todo o tipo de manuais e documentação técnica em suporte papel.
Robôs autónomos
São robôs construídos para terem um certo nível de autonomia. Estes recolhem dados do local onde se encontram e realizam as tarefas para as quais foram designados, otimizando determinadas etapas do processo. Exemplos para a sua utilização: manuseamento de produtos tóxicos; transporte de peso; processos que exijam velocidade...
Simuladores
Através de softwares específicos são captados dados da produção e são feitas análises de variáveis e de intervalos de tempo que, em conjunto com indicadores, conseguem apontar onde há uma sobrecarga na produção e o que poderia ser feito para solucioná-la. No entanto, a efetividade da simulação depende da quantidade e qualidade dos dados que alimentam os sistemas.